Em conversa no Parque da Cidade, o jovem rapaz de pouco mais de 23 anos reencontra o seu Professor e entre gargalhadas e momentos ímpares, o rapaz pergunta:
- Mas professor, o que ocorre de maneira violenta posso encarar como barbaridade na política?
- Bom, neste quase ano e meio que não nos encontramos, eu comecei a tentar entender também essa sua pergunta. A violência não é algo novo na política, porém tem algo mais que preciso entender.
- Como assim não é algo novo?
- Hoje existem outras ferramentas que potencializam, esse é um ponto de vista interessante, vejamos as armas de fogo do século retrasado e do século passado foram automatizadas, potencializadas em letalidade, e esse mercado é fechado, não temos os números deles, mesmo algumas empresas brasileiras terem sua conta na B3. Outra coisa sobre essa violência, e outras em nossa sociedade brasileira provenientes das armas de fogo, é um fato a ser observado, pois o aumento da violência não está somente no campo político, mas este é uma evidência hoje.
- Como assim mercado fechado? 😐 Se existem essas armas de fogo nas mãos das pessoas? Confundiu...
Em gargalhadas catedráticas o Mestre lhe responde:
- Fechado, vou lhe mostrar esse artigo da Bloomberg Línea sobre o tema, nele vem um dado estimativo da Polícia Federal, 8 em cada 10 armas comercializadas no Brasil vão para as mãos de civis, porém não se tem informações precisas sobre o Mercado, campo econômico mesmo. Já a estimativa da Associação Nacional da Indústria de Armas e Munições, para o fluxo do mercado, gira em torno dos 5 bilhões de reais por ano. Esse é um dado estimativo de sse setor econômico, mas voltemos à Democracia?!
- Sim, claro...
- O pacto federativo é um acordo entre pessoas civilizadas que permite sim o chamado Jogo do Poder numa República Federativa e Democrática. Isso é também reconhecido no estudo da ética, pois não há um regra estabelecida sobre esse respeito, da mesma forma como não há conceito para a palavra jogo. No nosso caso a União é a nossa pessoa jurídica de Direito Público Interno, já o Estado Federal é a nossa pessoa jurídica de Direito Internacional, que é composta, aí sim, pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Esse é o nosso País. A sim, e o jogo pelo poder existe e é exercido por um único modelo de pessoa jurídica, os partidos políticos, você sabe quantos são?
- Isso eu sei sim, TSE tem os 32 que são registrados para essa função, ou funcionalidade do Estado Democrático de Direito, que é o Brasil, o que representa o "todo poder emana do povo", o povo ali filiado e exercendo deveres e direitos, que são so conhecidos Direitos Políticos.
- Excelente, continue, pelo que vi se interessou no assunto e já pesquisou onde é de direito, direto na fonte.
- Sim professor, as instituições funcionam. No site tem informação sobre todo o processo eleitoral no Estado Federal 😉 e a lista dos partidos, eles trocam de nomes em sua história, não todos, é claro. Ao trocar de nomes, os partidos tendem a trocar o fundamento, ou parte dele, de sua existência. Entendo que qualquer linha ideológica tem por essência fazer de melhor para sua população, assim já disseram pensadores clássicos desse modelo de estado que seguimos, lembro rápido o sociólogo britânico Anthony Giddens e a sua tese da terceira via, e do jurista italiano Norberto Bobbio e o liberalismo de esquerda.
As gargalhadas os dois amigos riem dessa maravilhosa vida.
O professor retoma a conversa e lembra:
- Antes do Bobbio, a Itália tinha que contar com o Maluco (mais risadas), o Enrico Malatesta e sua visão anarquista, porém interessante, onde o Estado é algo fictício que só existe pela soma de outros algos, e sobre influência externa sob sua forma, ele faz uma linda analogia da água e o seu estado, tendo como influência externa a temperatura climática.
- Entendo Professor, sempre novas formas de observar algo é fundamental para o aprendizado, grato!
- Rapaz, as novas formas de observar algo é o fundamento da vida, não estagnar. Novos lugares, culturas e pontos de vista sobre um determinado assunto fez a humanidade desenvolver, e até evoluir. Claro evoluir precisamos de muito, mas muito mais, pois nossa conversa começou sobre a violência contra outros humanos, isso é barbárie! Lembre-se, não há inimigos, existem adversários, sem os adversários não haverá o jogo.
#professor #nãoviolência
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Grato por ler até aqui, curte e comenta, além de seguiro Blog, vou intensificar as postagens.
Abraços Fraternos e de Luz!
