segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Gasto com a Saúde Municipal

Mais da metade dos Municípios brasileiros gastam menos que R$403,00 por ano com cada habitante.
Levantamento do Conselho Federal de Medicina é referente aos gastos, pelos gestores municipais, com recursos próprios em Ações e Serviços de Saúde.
A média ficou em exatos R$403,37. No caso de Valença-RJ, cidade de onde escrevo esta postagem, o valor médio entre os anos de 2013 e 2017 teve média de R$231,75, sendo o último ano com a menor aplicação mensurada, valor inferior a R$218,00 por pessoa. 
Em uma análise um pouco mais aprimorada vemos também um decréscimo neste investimento nos últimos 2 anos, preocupante, pois é sabido da incidência de doenças sazonais, transmitidas por vetores, nesta região é de elevados indíces.
Quando leio e escrevo sobre políticas de saúde para as pessoas sempre me recordo de um aprendizado sobre a prevenção das doenças serem melhores do que a remedição das doenças, então, espero que este estudo técnico e estatístico, não só para o gestor de Valença-RJ mas também dos mais de 2.800 municípios brasileiros, sirva como auxílio e base de novas políticas públicas de saúde para cada Município, ah sim, prezando a prevenção das enfermidades.
Matéria e rankin completos no site da EBC:
http://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2019-01/metade-das-prefeituras-gastam-menos-de-r-403-ao-ano-na-saude

Valença-RJ




quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Evitando doenças de Verão

Que verão pessoal!!!

Existem doenças de época, neste caso, de Verão. Temos nos verões o crescimento de populações de bactérias e parasitas que nos atormentam, porém, essas doenças sazonais são evitáveis com técnicas aprimoradas já usadas em seu dia.
- Fortalecer os cuidados com a higiene;
- Reeducação alimentar;
- Cuidados específicos com a pele, maior órgão do corpo humano e o mais exposto as radioações e intempéries, o escudo do organismo, como diria o poeta;
- Hidrate-se, água, suco, leite... procure evitar bebidas gaseificadas;
- Horário de exposição ao sol, evite das 11h até às 15h;
- Atenção redobrada em crianças, gestantes e idosos.
Leia matéria completa da Revista Em Pauta, clicando na imagem!

 https://wp.ufpel.edu.br/empauta/2016/01/saiba-como-prevenir-as-doencas-de-verao/

Fonte: Revista Em Pauta. Agência experimental de notícias do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Conteúdo produzido somente por estudantes do curso.


sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Aproveitando as férias

Uma dica para aquela pessoa que está se dedicando aos estudos básicos dos conhecimentos estabelecidos na Educação Fundamental do Brasil.


Aproveitando as férias para rever os assuntos mais cabulosos do estudo hehe
Ótimo canal do Youtube. Uso assim: faço as minhas leituras clássicas, faço os exercícios propostos e por fim vejo os vídeos referentes aos temas específicos.
Bons estudos!

Coalizão política no Brasil de 2019

O jogo, a arte política estabelecida.

Segue o barco, até mudou uma grande quantidade de marujos, mas a maneira de remar continua a mesma, coalizão!
A construção, a arquitetura do poder legislativo com respingos naturais da coalizão republucana brasílica!

Parafraseando Platão: Política é a arte de agregar e desagregar as pessoas.
*Claro, um dos conceitos pelo Mestre apresentado.


Assista o Vídeo da reportagem da Band na íntegra no Youtube CLICANDO AQUI


quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Revistas online

Deseja umas revistas online de graça para as suas pesquisas e estudos?

Estão aí as Revistas de História da Biblioteca Nacional, as edições de nº 01, de julho de 2005 até a de nº 122, de novembro de 2015, agora podem ser facilmente acessadas no site de arquivos, banco de dados digitais, Wayback Machine da ONG Internet Archive.
O leitor tem em suas mãos uma imensidão de informações e conhecimento científico num só lugar e com a grandeza da fidedignidade histórica que a cientificidade brasílica, e mesmo estrangeira, nos permite.

Na aba "Seções" podemos direcionar nossas pesquisas entre os artigos, agenda, Cine História, entrevistas, livros, notas e muito mais, vale muito a pena conferir.

Para acessar o site com as edições da Revista de História da Biblioteca Nacional CLIQUE AQUI





segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

Dia do Leitor

A leitura é algo que dinamiza a vida. É a mola precursora da aventura humana neste Planeta.
Vide a faculdade mental da inteligência, ela só é acionada a partir do acúmulo do conhecimento adquirido em conjunto com as experiências vividas diariamente, sendo a sua execução firmada na capacidade do indivíduo em solucionar problemas cotidianos, dos mais simples aos mais complexos.
Eu hoje tenho alguns livros abertos em leitura, mas deixarei aqui duas dicas de boas leituras:

Harmony: a revolução da sustentabilidade, por Príncipe Charles. Do original Harmony.

ISBN: 978-85-352-4200-3
   Neste livro o filósofo e Príncipe de Gales, conhecido nos últimos 30 anos no mundo como um dos defensores mais atuantes e decisivos do meio ambiente, ele atinge em pouco mais de 300 páginas fatores funcamentais para tal discussão e consolidação de ações relativas à conservação, recuperação e defesa do meio ambiente.
   Precisamos "ouvir e enxergar a gramática de harmonia".
   Por meio da escola da fenomenologia o autor justifica "solo e alma" numa visita de pesquisa a uma fazenda onde a família de Tim Waygood entremeia vigor produtivo à uma extensiva familiaridade e cumplicidade com as criações, tanto com os animais quanto com os vegetais, sobrepujando a necessidade da vida do solo, pois sem a complexa rede vital abaixo de nossos pés não teríamos exatamente nada para nos alimentar, ou mesmo, uma bela árvore para nos confortar com sua sombra.

Usarei este livro em novas postagens daqui pra frente.


O que são intelectuais, por Horácio Gonzales.


ISBN: 85-11-01029-7

Neste maravilhoso livro, de fácil leitura, porém com uma imensidão de informações, fez com que eu flutuasse em elucubrações mil, pela maravilhosa internet. Neste caso há a conexão física do livro com a virtualidade da grande rede.
Ele faz uma análise, que não pode ser congelada nela, de diversos tipos de intelectuais:

  1. o intelectual maldito;
  2. o intelectual precursor;
  3. o intelectual revolucionário;
  4. o intelectual populista;
  5. o intelectual cosmopolita;
  6. o intelectual orgânico;
  7. o intelectual do círculo do poder.
Após esses quadros apresentados ele nos permite raciocinar com uma indagação: "o que são os intelectuais?"




E você?
Agradeço por ter lido até o final desta postagem, e, fica aqui a minha pergunta à você: qual o livro você está lendo neste momento?

domingo, 6 de janeiro de 2019

Dia da Gratidão!

Gratidão por ler esta mensagem!
Gratidão à Deus por permitir que a minha existência seja de convivência nesta época, nesta região do Planeta, com a sapiência, criatividade e a energização universal de minha Alma!


O que mais desejo neste momento é ter seguidores, ajude a crescer o Blogue seguindo-o, comentando nas postagens, compartilhando em suas redes sociais, gratidão!
Acesse também:
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https://www.facebook.com/ecocidadedigital/



quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Dia do Juiz de Menores

Minha homenagem aos operadores do Direito, em sua magnificência!

O Brasil dispõe do que há de mais avançado na normativa internacional em respeitos aos Direitos da população infanto-juvenil.


"A lei que regulamenta a ação do Poder Público no atendimento às Crianças e aos Adolescentes é bastante moderna e abrangente. Resta-nos respeitá-la!




quarta-feira, 2 de janeiro de 2019

Meu Natal em Bagdá

Meu Natal em Bagdá.


   Cedo ainda, muito antes do nascer do Sol, acendi a vela e despertei Fauzi Maluf, sacudindo-o de leve pelo ombro.
   - Vamos à Missa! - disse-lhe. Os companheiros sírios já estão, com certeza, à nossa espera.
   Fauzi não aguardou segundo aviso. Pulou da cama e vestiu-se rapidamente assobiando uma melodia que, nesse tempo, está muito em moda em Beirute.
   - Nem um café? - reclamou quando já descíamos, aos pulos, a escada carunchosa e tosca.
   - O café fica para depois da missa - respondi secamente. - Não há tempo a perder.
   As almenaras, do outro lado do rio, desenhavam os seus perfis alongados à luz tênue do dia que vinha surgindo. Beduínos enroladinhos em seus mantos, e pescadores andrajosos, vergados sob pesado cestos, cruzavam por nós em silêncio e encaminhavam-se para a velha ponte das Tâmaras Suaves.
   Na esquina da rua Tebala, junto à fonte dos Cameleiros, avistamos os nossos bons amigos sírios. Eram cinco. Jorge Habib trouxera sua esposa e uma cunhada, a Evelina, muito moça ainda e bastante viva e graciosa. Nejim, primo de Fauzi, e o velho Azer Selma, fabricante de tintas, completavam o grupo.
    As duas mulheres mostravam-se inquietas e receosas.
   A escuridão espessa derramava-se, ainda, por todos os cantos e recantos; os fanáticos muçulmanos, erguendo suas pesadas lanternas, despejavam sobre nós, míseros cristãos, olhares de ódio e desconfiança.
   Dentro de alguns minutos, em célere caminhada, atingimos o bairro da cristandade. As ruas, naquele festivo dia, surgiram repletas de crentes que corriam para a Casa de Deus. Num ângulo da praça ficava a Igreja Armênia, pequenina e modesta, com sua fachada cinzenta; um pouco adiante, ostentando uma cruz imensa, a Latina; duas ou três quadras depois topava-se com o templo dos cristãos persas e entre as vielas escuras, semiocultas no meio dos casebres, achavam-se as igrejas Jacobita e Síria.
   Foi para esta última que nos encaminhamos.
   A nave, intensamente iluminada, desbordava de fiéis. As mulheres, envoltas em seus izars de sêda, davam ao templo um colorido vivo e alegre.
   No centro, o velho Bispo, com suas veneráveis barbas brancas, envoltas em soberbo manto de ouro e carmezim, acolitados por cinco padres, avivava as chamas da fogueira tradicional. Os homens que formavam a "roda de fogo" entoavam, num idioma bárbaro e arrevesado, um hino sírio que eu não chegava a compreender. A multidão, em surdina, arrastava o coro como se fosse um lamento erguido para o céu.
   Fauzi puxou-me pelo braço para junto de uma coluna onde já estavam a meiga Evelina e duas mulheres vestidas de amarelo, ambas com izars azuis.
   Daquele ponto, realmente, podíamos acompanhar melhor a Missa de Natal.
   As mulheres de amarelo ajoelharam-se. O Bispo proferia a prece das "boas graças":

Ó Senhor Jesus, tu nos deste a tua vida.


   As chamas da fogueira erguiam, a dois ou três metros, os seus arabescos rubros. Os padres oravam em voz baixa, e suavam como escravos do deserto, sob a ação do calor. A mitra soberba do prelado tinha reflexos prateados.
   Em dado momento fez-se silêncio. O Bispo calçou suas luvas vermelhas e recebeu das mãos de um jovem sacerdote, com a maior solenidade, uma grande almofada branca onde repousava a imagem do Menino Jesus. O divino Infante parecia sorrir para a vida e para o mundo, agitando no ar as suas mãozinhas cor de rosa.
   O Bispo, levando nos braços a almofada com o Menino Jesus, caminhou devagar em redor da fogueira, seguido sempre dos cinco padres e de um grupo de fiéis. Enquanto isso, em tom grave e comovente, entoava a multidão um cântico de amor e de esperança:

"Como o servo sequioso
suspira
pelas águas da fonte,
assim minha alma
suspira
por vós, ó meu Deus!

   Terminado esse cântico, o mesmo padre moço, que pouco antes trouxera o Menino Deus, tomou nas mãos uma grande bandeja dourada onde se amontoavam as brasas mais vivas, colhidas na fogueira. Formava o brasido uma coroa cintilante de rubis imensos.
   Fez-se novamente profundo silêncio. O jovem sacerdote ergueu três vezes a bandeja de fogo diante do Bispo e entoou , sózinho, o cântico do amor divino. A sua voz, clara e perfeita, tinha qualquer coisa de suave e alegre que vinha direto ao coração:

"Senhor Jesus, óh Luz do Mundo,
eu te bendigo,
porque por toda a parte
e em todos os tempos,
como o sol,
tu iluminas, purificas,
alegras e dás vida a Vida...
Senhor Jesus, óh Luz do Mundo..."

   Terminada a cerimônia Fauzi Maluf levou-me para um dos ângulos da nave e disse-me:
   - Queres fazer-me um favor? Bem sei que conheces e sabes dialogar melhor do que eu. Leva estes cem mil rúpias àquele padre de barba loira que cantou "Senhor Jesus, óh Luz do Mundo!"
   - Por que? - indaguei curioso. - Que fez o padre para merecer tal presente?
   - Inspirou-me, meu amigo. Apenas isso: Inspirou-me! Aquele cântico sugeriu-me um poema maravilhoso, um verdadeiro poema de Natal. Seria ingratidão deixar sem recompensa tão grande ajuda.
   Tomei o presente e levei-as ao padre da barba loira. Fui encontrá-lo em companhia de outros sacerdotes num pequeno aposento, que ficava nos fundos da igreja.
   Recebeu-me de boa sombra, e ao ser por mim informado da resolução de Fauzi retorquiu, risonho, pousando-me as mãos sobre os ombros:
   - Alegra-me saber que o hino do Fogo Novo inspirou o poeta Fauzi. Sinto dizer, porém, que esse presente (e apontou para as cem mil rúpias) não me cabe. Deve ser dado ao padre Nastas. A este, sim, devem caber todas as honrarias e recompensas. Foi o mestre paciente e bom que me ensinou a cantar.
   E indicou, alargando o braço, um religioso de rosto redondo, já meio grisalho, que se achava a poucos passos de nós.
   Que fazer? Dirigi-me, no mesmo instante, ao padre Nastas e falei-lhe sobre a origem daquelas rúpias com que o poeta Fauzi desejava presentear o inspirador de seu maior poema. Repeti a história acolchetando-a, ni fim, com a proposta do cantor.
   O padre Nastas, esfregando as mãos, derramou-se em elogios ao seu discípulo. Bom menino, alma pura e simples de santo. Sempre tivera aquele gênio desprendido. Mas, recusou também, delicadamente, o presente das cem mil rúpias, dizendo (a sua voz tinha um ligeiro sotaque europeu):
   - Pelo que fiz nada mereço. Nada posso merecer. O valioso presente do seu amigo, o poeta Fauzi, deve caber ao padre Nicolau, autor da música e da letra. Leve estas rúpias ao padre Nicolau!
   Essa é boa! - pensei. - Esses padres estão com cerimônias e cem mil rúpias, neste tempo, não são coisa assim para se desprezar! O primeiro recusa e manda ao segundo; o segundo não aceita o dinheiro e indica um terceiro... Este, com certeza, vai sugerir um quarto!... Sabe?! O melhor, para acabar com essa história, é entregar logo o dinheiro ao Bispo!
   Mas, enfim, antes de ir ao Bispo, procurei, sem detenção, falar com o padre Nicolau. Não me foi difícil encontrá-lo. Achava-se numa sala próxima afinando o sol de prata de um pequeno violino.
   - Que deseja de mim, - perguntou-me, com simpatia, repousando o arco sobre o ombro direito. (Notei-lhe também na voz certa inflexão estrangeira).
   Pela terceira vez contei, tim-tim por tim-tim, a tal história da lembrança de Fauzi, as cem mil rúpias da "inspiração", completando-a com as judiciosas considerações do velho padre Nastas.
   - É curioso! Muito curioso! - exultou o reverendo Nicolau, com um gesto de espanto. - Sinto-me profundamente lisongeado com a lembrança desse poeta. Pela primeira vez vejo-me forçado a receber o pagamento por uma mercadoria que jamais pensaria em vender: Inspiração!
   - Mas não se trata de uma venda! - protestei, delicado. - Essas cem mil rúpias valem, apenas, como uma lembrança, como um presente. Um presente de Natal... e nada mais.
   Depois de ligeira hesitação, condescendeu o padre:
   - Aceito o presente. Desejo, apenas, levar pessoalmente ao dadivoso poeta (se for possível) os meus agradecimentos.
   - Com o maior prazer! - aquieci. - Fauzi deve estar à minha espera no pátio.
   Saímos. No pequeno pátio do templo, já cheio de sol, sentados num pequeno banco de pedra, Fauzi e Evelina palestravam como dois jovens namorados.
   Com um gesto ligeiro indiquei Fauzi ao sacerdote:
   - Eis ali, reverendo, o generoso poeta Fauzi que se inspirou ao ouvir o Hino do Fogo, durante a missa.
   Padre Nicolau parou, e atalhou breve, num movimento de espanto:
   - Espere, meu amigo! Aquela jovem que está ali, conversando com o poeta, não é Evelina, filha de Zoraik?
   - Sim, sim - confirmei impaciente. - É Evelina, filha de Zoraik, e cunhada de Jorge Habib!
   - Conheço-a muito bem - tornou o padre. - Ela frequenta assiduamente a Missa.
   E, repetiu devagar, bem devagar:
   - Conheço a muito bem! Linda menina!
   E feito um silêncio curto, o padre sírio devolveu-me as cem mil rúpias e, muito sério, desculpou-se constrangido:
   - Não devo receber esse dinheiro! Compreendo agora toda a verdade. O poeta Fauzi não se inspirou na minha despretenciosa música!
   E, como eu o fitasse com indisfarçável assombro (o seu rosto pareceu-me carregado e pensativo) acrescentou com firmeza:
   - Entregue esse presente de Natal a Evelina, foi ela meu caro, a única inspiradora!
   E, sem mais uma palavra, encaminou-se cabisbaixo para o interior do templo.
   Olhei para o alto. No azul imenso, que o vento do deserto varrera pela madrugada, duas nuvens brancas pestanejavam ao longo como se fossem almas caravaneiras perdidas pelo céu.
   Foi assim, meu amigo, que passei o meu primeiro Natal em Bagdá.
   Uassalã!



Texto original de Malba Tahan, em Maktub. Fiz algumas modificações para atualização no tempo e espaço, mas a essência é a mesma!
Viva a cultura brasileira!