domingo, 6 de julho de 2014

Um poema sobre as abelhas indígenas

Um poema sobre as abelhas indígenas

"Quando chove as abelhas começam a trabalhar:
Moça-branca e a pimenta, Mandaçaia e mangagá;
Canudo, Mané-de-Abreu, Tubiba e irapuá."

"Ronca a talaira,
Faz boa o limão
Zoa o sanharão,
Trabalha a jandaira,
Busca flor a cupira
Faz mel o enxú,
Zoa o capuchú,
Vaia a fonte a jataí,
Campeia o enxuí,
Faz mel a uruçu."

Francisco Romano (1840-1891) cancioneiro.


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sexta-feira, 4 de julho de 2014

Seca das águas

   A crise em relação à água é maior do que a chuva!
   "Normalmente, a água só é notícia quando falta ou quando há enchentes." Disse a Jornalista Neide Duarte.
   Existem pesquisas finalizadas e em andamento que determinam como os maiores impactantes:
- as expansões das regiões urbanas;
- industrial;
- agrícola;
- a descompostura dos cursos d'água, retambana nos rios (canalizações, transposição de bacias, barragens e desvios);
- a perda de áreas úmidas;
- a impermeabilização do solo;
- o desmatamento/desflorestamento;
- o aumento do consumo; e
- a poluição hídrica.

Esses impactantes (expansão industrial, agrícola e urbana) superam os níveis de crescimento populacional.
A cidade pra quem mesmo??

Com certo receio de ser içado pela grande variedade de mosquitos e moscas produzi esse vídeo artesanal!!! Cachoeira do Turino, uma das tantas do Rio das Flores, na cidade de Valença, na localidade conhecida por estrada dos Machados! Acho que os machados estão até sem fio de corte, pois cortaram toda a vegetação local...
https://www.youtube.com/watch?v=_VxM2Wyxeeg



Resíduos Sólidos
Rio das Flores

Cachoeira do Turino




Cachoeira de Santa Inácia








quinta-feira, 3 de julho de 2014

Cidade pra quem?

   A cidade foi evoluída dessa forma que a conhecemos para abrigar e organizar sócio/politicamente as pessoas em regiões, muitas das cidades foram evoluindo as marges de rios. Onde há água há abundância de possibilidades de produção de alimentos e subsistência às pessoas. Bom, diz a lenda.
   Hoje, ano de 2014 da era cristã, especificando a convivência de pessoas nos sertões do vale do rio das Flores, ou seja, uma grande parte da população valenciana, reconhecemos uma cidade com ocupações gradativas dos espaços naturais.

"Opondo-se ou contrapondo-se ao elemento natural aparece o elemento artificial, aquele que não surgiu em decorrência de leis e fatores naturais, mas, por processos e moldes diferentes, proveio da ação transformadora do homem. De fato, a sociedade humana conta, hoje, com mais variados elementos, fatores e dispositivos para "criar", por artifícios, inúmeros produtos e ambientes, valendo-se inevitavelmente de elementos e recursos naturais, cuja conta pesa sobre o meio ambiente."

O Dr. Élis Milaré, o pioneiro, explica

   A história da urbanização de Valença está ligada diretamente a história da Rede Ferroviária Central do Brasil. Pode-se dizer desde o crescimento geométrico ao aritmético. O Ramal de Jacutinga teve sua origem na Cia. E. F. União Valenciana, aberta em 1871 e ligava Valença a Desengano, hoje Barão de Juparanã. Em 1880 foi prolongada até Rio Preto. Em 1910 foi anexada a EFCB visando chegar a Rede-Sul Mineira, em Santa Rita do Jacutinga. Nesse trecho, entre as estações de Quirino até Valença, seguindo até General Osório há hoje uma grande concentração de pessoas, porém os trilhos foram retirados em 1970, década de um começo de migração da zona rural valenciana para os aglomerados de casas, muitos que saíram da roça encontraram a novidade das estradas de rodagem e o crescimento do números de carros, construção de novas, impermeabilização do solo em grandes extensões e zona rural foi ocupada com extensiva produção agropecuária e a inserção de capim, alimento ao animais, exóticos, diferentes dos existentes aqui.
   Dentre as estradas de rodagem que tecem o mapa de Valença, pode ser considerada como principal a RJ-145. Sua extensão é de 108 km, de Passa Três em Rio Claro até Manuel Duarte em Rio das Flores. Em seu trecho do Belvedere, em Barra do Piraí até em Valença está sofrendo intervenção do DER-RJ são 32,50 km de ampliação da pista, com um marketing do premiado asfalto de borracha, mas o asfalto deve está vindo no lombo de tropas de muares, que param para beber água a cada córrego que veem!
   Toda intervenção, é claro que gera transtornos e a engenharia está ai pra fazer o aparelho público funcionar, só que me deixou confuso:

  1.  a pista nova pra quem? Pros caminhões de empresas de logísticas que estão instaladas aqui? Instaladas por conta da especulação tributária, que o Município perde com isso, perde em arrecadação! Se for diminuir ou retirar tributos que retirem do nosso povão!
  2. a política de desenvolvimento urbano compete ao município regular as diretrizes. Está previsto o aumento do fluxo de veículos pesados? Terás a cidade capacidade de absorção disso tudo em 30 anos? 50 anos?
  3. o Plano Diretor Participativo de Valença está sendo cumprido?
O licenciamento desta obra prevê o impacto causado com a intervenção e o impacto no decorrer de 20 anos? 30 anos? 50 anos? Poluição sonora, do ar, do solo, da água! Intensidade de acidentes, pois aumenta o número de veículos aumenta o número de acidentes. Fatalidades.. já fui shopenhaueriano!!!


Raízes ao céu

Veículos

Carroceria vazia