terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Tema de Natal

TEMA DE NATAL
Carlos Assumpção


Amor é mais que alimento;
Amor é a vida da vida;
Contudo, nada entendemos
Da grandeza do amor ainda.

Vejo pombos e passarinhos
Se amando no meu telhado
E vejo os homens passando
Com a alma e com os olhos fechados.

Com a alma e com os olhos fechados,
Passam os homens, e se vão,
E não percebem, coitados,
Que só o amor é a salvação.

Quando florirá (pergunto)
A comunhão universal?
Quando nos amaremos,
Como as aves do meu beiral?

Se uns aos outros não nos amamos,
Se não nos despimos do mal,
Então, por que continuamos
A festejar o Natal?


segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Saúde pública e coletiva

    Vou começar a escrever um pouco do que aprendi sobre o território de Valença!
    E farei começando com uma discussão salutar não dispensando o direito positivo da estrutura do Estado em sua tutela jurídica da saúde e segurança do trabalhador, enquanto em sua grande maioria, digo dos municípios brasileiros, que dos pouco mais de 5.560, 243 entraram no seleto grupo da Portaria nº 2506, de 1º de novembro de 2012  que Suspende a transferência de incentivos financeiros referentes ao número de Equipes de Saúde da Família, Equipes de Saúde Bucal e de Agentes Comunitários de Saúde nos Municípios com irregularidades no cadastro de profissionais no Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (SCNES).
     Quero eu acreditar que isso foi solucionado, porém da lista de municípios desta portaria do Gabinete do Ministro da Saúde separemos regionalmente, ou melhor, somente os municípios fluminenses que são 92 em seu total e ali aparecem 9, sendo o com maior número de irregularidades Nilópolis com 10. e Valença?? Com 5 irregularidades... é pra festejar? Não!!!! Vemos que em São Gonçalo, com mais de 1.025.000 habitantes teve 3 irregularidades e a capital com mais de 6.400.000 habitantes teve 6 irregularidades. Acredito isso, erros nos cadastros de profissionais ser um dos eixos que nos afetam diretamente no que diz respeito à qualidade de vida em Valença.
     Eu compreendi que apesar de resultar do processo democratizante dos anos de 1980, o SUS, consagrado na Constituição Federal, não consegue concretizar seu projeto inicial que é de fornecer assistência de saúde universal e eficiente a todos os brasileiros, vem tropeçando em alguns entes públicos, dentre eles o que vivo!!! Debruço-me em uma pequena pilha impressa em formulário contínuo do SIAB (Sistema de Informação de Atenção Básica), algo público, e constato: no ano de 2008 em Valença eram 60.231 assistidos em 18.405 famílias; 14.985 famílias compravam a água do sistema público de abastecimento, outras 3.256 coletavam em poços e nascentes e 164 dizem em outros meios, porém mais de 16.400 famílias usam filtrar, ferver ou clorar em casa e cerca de 2.000 respondem que consomem sem tratamento algum; essa água quando vira esgoto é coletada na rede pública em 15.916 famílias, outras 786 em fossas e 1703 a céu aberto; sobre os resíduos sólidos há coleta pública para 16.866, outras 1.252 queimavam e 287 dizem que descartavam a céu aberto; a vários materiais usados em moradias, sendo o que entendi por alvenaria existir para 18.267 famílias; outras 46 moradias de taipa revestida, 34 de taipa não revestida, 20 de madeira, 28 de materiais aproveitados e 10 para a resposta de outros!!!
     Com isso chego na triste mensura, considerando a constante de 3,27 pessoas por família, de 6.540 pessoas bebem água constantemente sem tratamento, mais de 5.500 estão lidando com esgoto in natura a céu aberto, mais de 4.000 pessoas respiram a fumaça tóxica da queima do lixo e quase 1.000 por descartarem seu rico lixinho a céu aberto estão convivendo com as mais variadas formas de vida nocivas, ratos, cobras, escorpiões, insetos... 300 pessoas em Valença de 2008 sobreviviam em moradias de taipa não revestida, madeira e materiais aproveitados.
Coletor de Recicláveis
Esses fatores são integrantes de um grave problema que temos que atentar na chegada das chuvas, a dengue. Neste ano de 2013 já ocorreu um caso de óbito conforme noticiado na imprensa oficial do estado, porém vários sofreram com a doença, agora de vários tipos. Agora temos que combater mais um mosquito, o palha (várias espécies do flebotomídio Lutzomya), que transmite uma doença de um parasita que pode  viver nos cães domésticos, o mosquito palha morde o cachorro e transmite ao humano. Vejam mais na Nota Técnica nº 5/2012, da Superintendência de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde.

Cachoeira do Turino


 DESCENTRALIZAÇÃO DA SAÚDE PÚBLICA
   Este fator senti na pele.... ratifico e defendo a proposta de constitucionalização do SUS, maneiro isso! Vai pegar!!!
   A pesquisadora do IPEA, Lígia Schiavon, "O SUS proporcionou a interiorização dos serviços mais frequentes, mas não conseguiu ampliar o acesso para aqueles mais especializados". Nossa realidade e municípios vizinhos é interessante, para não falar intrigante/mercadológica. Temos o CISMEPA (Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Paraíba - RJ) sediado em Volta Redonda onde fora incentivado a implantação de unidades hospitalares, clínicas, laboratórios e todo o aparato de cura as doenças das mais variadas especializações. Certo, as cidades pequenas podem se unir num acordo para receber recursos federais e atender seus moradores e o que vemos é a ampliação do mercado de saúde por meio dos transportes exclusivos, na alimentação, nas redes de farmácias e drogarias, são negócios que geram grande lucratividade e que podem chegar a estruturação de monopólios ou coisas do tipo. A verdade é que a saúde é um mercado mesmo, e o trato da doença é seu produto, quando na prática teríamos de promover a saúde e prevenir as doenças. Sendo essas diretrizes constatadas e explicitada na própria origem da medicina moderna, meados do século XVIII e na primeira metade do século XIX, e somos submetidos as atribuições da ANS (Agência Nacional de Saúde).
    Só para ilustrar, em Valença o morador de seu extremo norte, Coroas, Alberto Furtado, Porto do Índios... não vão a Volta Redonda, numa necessária ação anarquista, subjugam os instrumentos de planejamento do SUS, a regionalização, o pacto interfederativo e o teto financeiro, todos utilizam o quantitativo populacional como base...

Espero que os números aqui expressados tenham sido modificados para melhoria da qualidade de vida do meu Povo!!! E que gere muitas críticas é claro!!!

Ecoabraços!
Lucimauro Leite







sexta-feira, 5 de julho de 2013

PARA REFLEXÃO

Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer suas próprias sacolas para as compras, uma vez que os sacos de plásticos não são amigáveis ao meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse:
- Não havia essa onda verde no meu tempo.

O empregador respondeu:
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. Sua geração não se preocupou o suficiente com nosso meio ambiente.

- Você está certo - responde a velha senhora - nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época as garrafas de leite, garrafas de refrigerantes e cervejas eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas umas tantas outras vezes.
Realmente, não nos preocupamos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhamos até o comércio, ao invés de usar o nosso carro de 330 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões.
Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebês eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis esquecendo a situação dos absorventes femininos. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente naqueles dias. Naquela época só tínhamos uma TV ou rádio em casa e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de uma estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.
Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naquele tempo não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama, era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade.
Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora lotam os oceanos.
Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes ao invés de comprar uma outra. Abandonamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos descartáveis e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias as pessoas tomavam o bonde ou ônibus e os meninos iam em suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.
Tínhamos só uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não é visível que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não quer abrir mão de nada e não pensa em viver um pouco como na minha época?

As embalagens

Lixo no Mar

Reutilização



Leitores deste blog, este texto não tem o autor porém seu anonimato traz boas lembranças e também algumas más!!!

Valeu!!!


Abraço simbólico ao Rio Preto

Está marcada para amanhã, dia 7 de setembro de 2011 um abraço ao nosso Rio Preto.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Agrotóxico

Estudo aponta o que tinha noção...

Agrotóxico


Drogas o respeito


    As “drogas são substâncias usadas para produzir alterações nas sensações, no grau de consciência e no estado emocional”, este é o ponto de vista médico e do ponto de vista legal e jurídico existem as drogas livres, que qualquer um pode comprar sem controle (álcool e cigarro); as de uso controlado (que podem ser comprados com receita médica) e as ilegais. Todas alteram a consciência, tanto como chocolates, sexo, doce e a televisão livre.
      Esta, a televisão livre gera a pressão social, as mensagens, sublimares, são transmitidas à sociedade e atingem em cheio às crianças ensinando-as que a felicidade está ligada ao consumo e que a tristeza e a solidão, algo comum entre os seres humanos, devem ser eliminados. “Estamos dizendo que a felicidade pode ser comprada e que a tristeza e solidão devem ser evitadas a qualquer preço. Se você parar para pensar, a relação doentia entre consumidores e produtores é igual a que existe entre os dependentes e as drogas” diz Datiu Xavier da Silveira, psiquiatra coordenador do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes, da Universidade Federal de São Paulo.
      Um problema pouco discutido diz respeito ao uso em conjunto, ou seja, o consumo quase ao mesmo tempo de bebidas alcoólicas, nicotina, maconha, cocaína e até LSD. Existem literaturas que abordam a teoria da escadinha onde a pessoa começa consumindo pequenas doses de bebidas e vai até as drogas mais “pesadas”, mais fortes. Mas a realidade social e municipal em Valença apresenta outra forma de utilização que tende a ser mais agressiva ao indivíduo e quiçá a sociedade: o uso em conjunto.  Considerando que foram encontrados 93% de impurezas em substâncias entorpecentes na cidade de São Paulo, pode-se pormenorizar que as porções que chegam aos interiores dos estados vêm a ser mais impuras ainda e as alterações psíquicas motoras serão mais claras, mais evidentes e mais agressivas à saúde humana.
      Como seria o Mundo se as drogas fossem legalizadas? É uma pergunta interessante e que gerará milhares de respostas diferentes. Talvez eu tenha que me perguntar antes para entender melhor esta pergunta: Como seria se as mulheres fossem obrigadas a se alistarem no serviço militar obrigatório? Ou mesmo: Como seria se eu não fosse obrigada a votar?
      O Mundo, com a legalização das drogas, seria um lugar próprio para os poetas, filósofos, artistas e diversos músicos? Ou um lugar de pessoas com transtornos psíquicos? As drogas dão prazer aos usuários pelo processo químico da metabolização, ou seja, cada organismo tem uma reação a cada agente viciante, até o chocolate.
      Uma coisa conclui, no exemplo da maconha, se for descriminalizada, legalizada e fiscalizada pelo governo poderemos ter muitas plantações da erva, que fora usada pelos escravos como remédio caseiro e sua fibra serve para fazer roupas de alta durabilidade. Acredito ainda que abelhas polinizem suas flores e o ciclo de vida seguirá normalmente.
      A moda governamental em relação às drogas, especificamente ao crack, é de internação compulsória. Criando polêmica que tal desenterrarmos as Caixas de Orgone, atualizadas cientificamente pelo formidável Dr. Wilhelm Reich, porém muito utilizadas pela clássica civilização egípcia. Estas caixas poderão ajudar, considerando seu poder de acumulação de energia aceleram a recuperação da saúde, porém o próprio Reich iria recomendar: Orgone demais é prejudicial à saúde!
Orgone


      O vasto interior brasileiro é caracterizado, no uso de substâncias psicotrópicas, pelo consumo de vegetais como a salvia, que é fumada, e ainda pela infusão de bebidas alcoólicas com as flores de lírio, ou trombeta, ou canudo, ou zabumba, ou trombeta de anjo, ou ainda trombeteira que se torna um forte agente alucinógeno, um chá narcótico, muito popularizado pelo fato de se encontrar a planta em quase todo o território nacional e seus nomes populares se devem aos efeitos causados no psicológico do sujeito sobre seu efeito, quase uma trombeta de anjo na cabeça da pessoa. Sua forma é interessante, pois ela é voltada para baixo, não é como as outras, em sua maioria, voltadas pra frente ou para cima, mas invertida. Acarretou, sua popularidade, no controle de sua circulação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), porém este controle é complexo. Outra infusão bastante conhecida no meio alucinógeno e dos narcóticos é a das bebidas alcoólicas com um fungo originário do esterco bovino, o conhecido chá de cogumelo. Existem casos ainda de mistura da trombeta com cogumelo e o álcool, vichi!!! Agora para controlarmos o uso deste, o chá de cogumelo, teremos que: ou pararmos de criar bovinos, ou criarmos em confinamento.

Flor de Lírio

Cultivo de Cogumelos

O que em minha opinião a segunda hipótese é a melhor, carne mais macia, mais espaço terrestre para a eminente diáspora das aglomeradas metrópoles rumando para a nova Era, novas estruturas urbanas planejadas e ecologicamente corretas com áreas cultiváveis, extensas áreas.


Farei novas ponderações num futuro próximo, agora retorno aos debates ambientais propriamente ditos, ecoabraços lúcidos!!!