sábado, 20 de agosto de 2011

As Pequenas Centrais Hidrelétricas e a Bacia do Rio Preto, MG e RJ.

Águas em nosso Rio Preto!

Está em pauta, inventário, desde de o início deste milênio o aproveitamento hidrelétrico e em escala na bacia do Rio Preto, integrante da bacia do Rio Paraíba do Sul. O Rio Preto  faz parte de uma rede biodiversa hidráulica entre as bacias do Piabanha, Paraibuna e Muriaé. Estes são rios de grande importância para o sudeste brasileiro. são considerados de boa qualidade, potalidade, e faz a serventia geográfica de limitação, por quase toda extensão, entre os estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro. As cidades e seus concidadãos que vivem e sobrevivem poluíndo-o livremente serão "agraciados" com a construção de 8 PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas), sendo sabido que já existem em operação 4 destas, sendo 3 em consessão da CFLCL (Companhia Força e Luz Cataguazes Leopoldina) gerando 2,7MV de potência e uma em consessão da CERJ (Companhia de Eletricidade do Rio de Janeiro) gerando 20MV.
As que se encontram em inventário ou em estudo de viabilidade, no papel, gerarão pouco mais de 165MV variando entre 5MV na PCH Providência em Providência Teresópolis tendo a consessão da ANEEL, e a 47,3MV na PCH Santa Rosa 1 em Manuel Duarte, Rio das Flores-RJ e Porto das Flores, Belmiro Braga-MG. A primeira teve em 3 de agosto uam reunião com técnicos da empresa de consessão, desta vez a Poço Fundo Energia, conforme
http://teresopolisonline.blogspot.com/2011/08/apresentados-projetos-de-pchs-pequena.html
a reunião foi de apresentação generalizada sobre a visão de implantação desses empreendimentos em âmbito nacional, mas a cidade é parte da história ambiental global. Enfim, aquela palestra mecânica para relatório funcional.
Já para a PCH Santa Rosa 1 foi convocada uma reunião pelo IBAMA, segue o texto dos ambientalistas do território que sofrerá impacto diretamente:


MEIO AMBIENTE EM PERIGO !!!


 SOS CORREDEIRAS DO RIO PRETO.


O IBAMA CONVOCOU OS MORADORES DE MANUEL DUARTE E PORTO DAS FLORES (SITUADOS NOS MUNICÍPIOS DE RIO DAS FLORES-RJ E BELMIRO BRAGA-MG) E DA REGIÃO ENVOLTÓRIA PARA PARTICIPAR DO LICENCIAMENTO DA PEQUENA CENTRAL HIDRELÉTRICA (PCH) SANTA ROSA 1. ELA FICARÁ NUM DOS TRECHOS DE MAIOR EXCELÊNCIA AMBIENTAL DO RIO PRETO, QUE, DEVIDO A QUALIDADE DE SUAS ÁGUAS É CONSIDERADO O MAIS IMPORTANTE CURSO D´AGUA DA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO PARAIBA DO SUL. A USINA ATINGIRÁ CERCA DE 09 KM DE EXTENSÃO, ONDE SE CONCENTRA UM RICO PATRIMÔNIO NATURAL E UMA GRANDE BIODIVERSIDADE DA VIDA BOTÂNICA E SILVESTRE (COMO ESPÉCIES DE BROMÉLIAS E LOCAL PARA A PIRACEMA DOS PEIXES).


AS DIVERSAS ILHAS DE MATA ATLÂNTICA E SUAS CORREDEIRAS FORMAM UM CENÁRIO DE RARA BELEZA PAISAGÍSTICA. AONDE COEXISTEM VÁRIOS REMANESCENTES HISTÓRICOS DO CICLO DO CAFÉ - COMO AS RUÍNAS DA FAZENDA CACHOEIRA, O RAMAL DE CARRUAGENS DA LENDARIA ESTRADA UNIÃO E INDÚSTRIA E O ENGENHO DE PEDRA DA FAZENDA SÃO JOAQUIM.


TUDO ISSO SE PERDERÁ PARA SEMPRE, TRATA-SE DE UM IMPACTO IRREVERSÍVEL, AO INVES DAS CORREDEIRAS TEREMOS UM RESERVATÓRIO DE ÁGUA PARADA ACUMULANDO DETRITOS E PODENDO PROVOCAR DOENÇAS. LOGO ABAIXO DO PAREDÃO (NAS PROXIMIDADES DA LOCALIDADE DE SANTA ROSA) O RIO DEIXARÁ DE SER ENCORPADO, POIS GRANDE PARTE DA ÁGUA SEGUIRÁ POR UM TÚNEL.


A PCH É UM PROJETO DEFINITIVO, FICARÁ AQUI POR SECULOS. DIFERENTEMENTE DAS USINAS MAIORES, A PCH NÃO VAI DEIXAR NENHUMA COMPENSAÇÃO FINANCEIRA (ROYALTIES) PARA AS PREFEITURAS. SERÁ QUE VALE A PENA SOFRERMOS TÃO GRANDE PERDA EM TROCA DE UM EMPREENDIMENTO QUE OFERECERÁ EMPREGOS QUE TERMINARÃO EM CERCA DE DOIS ANOS?


A PCH TIRARÁ NOSSO POTENCIAL PARA DESENVOLVERMOS O TURISMO LOCAL E REGIONAL ATRAVES DA CRIAÇÃO DE UM PROJETO NOS MOLDES DE UM ESPAÇO ECOLÓGICO, QUE RECEBE VERBAS. O RIO PRETO DIVIDE DOIS ESTADOS E VÁRIOS MUNICIPIOS, TERÍAMOS ASSIM DIVERSAS FONTES PARA CUIDAR E USUFRUIR DE UMA ÁREA DE TAMANHA BELEZA.


A REUNIÃO ESTÁ MARCADA PARA O DIA 29 DE AGOSTO, ÀS 18:30 NA ESCOLA MUNICIPALIZADA DE MANUEL DUARTE (2 DISTRITO DE RIO DAS FLORES-RJ).


VENHA PARTICIPAR DAS DISCUSSÕES SOBRE OS REAIS EFEITOS DESTE EMPREENDIMENTO EM NOSSAS VIDAS.



3 comentários:

  1. Estamos em um momento culminante nas estratégias de gerenciamento geográfico. Estudos apontam tendências mais não asseguram comportamentos e as mudanças geradas nas paisagem e a utilização dos recursos humanos. Podemos transpor as barreiras das afirmações reducionistas de evolução e tecnologias. Não fomos capazes de mitigar as ações Climáticas e suas alterações nos biomas. Correntes transformam a necessidade de desenvolvimento de um segmento em detrimento de outros com a geração de energia eólica que seria menos impactante. Temos que participar da construção e otimizar as experiência com a ideia fundamental de onde queremos chegar e a que preço? As maiores empresas do Brasil eram publicas e hoje são administradas por multinacionais, consórcios e privatizações. Podemos estar errado mas qual o legado das privatizações? Quais os novos investimentos no setor de atuação das adquiridas, qual o envolvimento com a sociedade civil, qual o percentual de invertimento dos dez últimos na formação da comunidade do entorno. São perguntas frequentes que faço, pois, vemos picos de transformações e ruínas com a continuidade e a coisificação da mão de obra, dos salários, criando novos bolsões de pobreza e falta de serviços públicos de qualidade. Como sempre começamos pelo final em nosso país a tenologia vem antes das pessoas! Estou temeroso, pois, não quero construir com dinheiro do povo um novo mercado empresarial desagregado da comunidade. Rio Preto precisa de cuidado e ser associado única e exclusivamente a patrimônio da humanidade e local de estudo e preservação ambiental.

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  2. Absurdo o que o gov. do estado quer fazer.
    Saberia dizer se existe algum movimento de resistencia organizado?

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  3. uma afronta ao meio ambiente a as populações locais.
    saberiam dizer se existe algum movimento de resistencia organizado?

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